A letra é de Cícero Nunes e Sebastião Fonseca. Samba genial, bem humorado e gravado em 1964. Uma raridade e incrivelmente embasada na vida real dos dentistas e pacientes da época. Reparem como há partes que já são verbetes do nosso querido Dicionário Odonto-Povo.

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Letra:

“Fui ao dentista, pra chumbar uma panela,
Mas o gajo achou que ela, não podia obturar.
Ele me disse, “vou mudar toda a mobília,
Tu vais ver que maravilha, morengueira vai ficar.
Arranco tudo, arranco até o maxilar…”
– mas doutor, o que está me doendo é o pré-molar.
Eu acho que vou ter um atrito com o senhor… –
Mas quando eu vi o boticão que ele trazia,
Minha tripa ficou fria, começou a tremedeira.
Quem foi que disse que o papai a boca abria,
Pra espetar a anestesia, na gengiva do moreira.

Mas tem que ser, queira ou não queira.
Em vista disso, pra acabar com o meu berreiro,
O doutor me deu um cheiro, e eu ferrei numa soneca
E quando acordo, nem te conto camarada,
Minha boca está chupada, e a gengiva está careca.

Meu panelão levou a breca…
Enquanto espero que a gengiva murcha e seca,
Pra moldar a perereca, provisória no bocão.
Tudo o que é efe, sai comprido, sai soprado,
Que até fico encabulado, com tamanha assopração:

Farora fofa faz fofoca no feijão.”

Sugestão do amigo Dr. Fernando P. Soares. Obrigado!

Um Abraço,

Equipe Dicas Odonto